sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Onda do Blog

A cada dia que passa surgem novos blog’s na web, cada um mais interessante que o outro e, todos com um mesmo objetivo: levar as palavras de seus autores aos milhões de internautas conectados à rede. Cinema, Televisão, cultura, regionalismos, jornalismo, publicidade, e inúmeros assuntos são abordados nestas páginas pessoais espalhadas pelo Brasil e no mundo.O Blog começou como uma espécie de diário eletrônico, porém seu uso tomou uma grandiosidade que, hoje cada um de nós pode ter o seu. Ele pode ser vilão e mocinho ao mesmo tempo: quando informações erradas começam a circular na blogosfera, seus respectivos autores podem ser punidos por isso, mas ao mesmo tempo isso mostra a velocidade e a potencialidade que esse instrumento tem se for usado adequadamente. É bom citar que o mundo dos blog’s é um universo livre, onde se encontra de tudo, desde jornalistas até fãs de filmes e seriados. Essa característica pessoal que o blog possui é o grande charme da coisa, afinal cada um quer ter um local para expor sua opinião e o blog é justamente esse espaço.A possibilidade de debate e expressão facilita muito a interatividade entre o leitor e o autor da página, realizando o famoso feedback e possibilitando uma integração entres aqueles que dominam o assunto. A cada novo post, comentários e recados deixam as páginas congestionadas e aptas e levar informação para todos os internautas ligados na blogosfera.Com a existência do blog a opinião de determinados indivíduos da sociedade pode ser lida e disseminada na medida em que sua mensagem penetra no leitor. O blog é um instrumento que em breve será popular e pode garantir a manutenção da liberdade de expressão, com respeito e coerência, é claro!

Por Fábio Barbosa

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Há de assistir!


Dica para quem se permite, continuamente, adquirir novos conhecimentos, novas leituras de mundo e ampliar a capacidade crítica.

Para visualizar em tamanho maior, click sobre a foto.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Educação Popular:Um novo conceito de sociedade

Desde a colonização portuguesa, a educação do povo foi pensada pelos dominadores, ou por seus representantes, para a dominação. Como os padres jesuítas – os primeiros a “educar” o povo brasileiro: os nativos de várias nações, generalizados como “índios”. Uma educação com um forte cunho ideológico religioso (católico) – a catequese, que quer dizer doutrinamento, ensino, propaganda (mesmos sinônimos para a “educação” de hoje).
Os professores eram os exigentes padres-mestres que ensinavam as primeiras letras (o “b-a-bá”), as primeiras contas e as indispensáveis orações, nas aulas de ler, escrever e contar.
As aulas eram uma tortura, os mestres uns carrascos. Suas vítimas eram os filhos do senhor e, muitas vezes também, os filhos dos trabalhadores livres do engenho.
No Brasil colonial, saber era decorar: a tabuada, as regras da língua portuguesa, os dez mandamentos da Igreja Católica, os pecados capitais, os nomes dos reis de Portugal. Nada de Ciência, quase nenhuma arte, pouca reflexão. A maioria dos colégios era dos jesuítas. Os colégios da Companhia de Jesus no Brasil tinham quatro graus de ensino: o curso elementar, o de humanidades, o de artes e o de teologia. Tal como nas escolas européias medievais, a hierarquia e a disciplina, incluindo os castigos corporais, eram consideradas educativas e facilitavam o ensino do senso de responsabilidade e a obediência à autoridade. E os meninos que terminavam o curso de humanidades, e que tinham recursos, iam para Coimbra, Portugal para fazer os cursos superiores de Filosofia e Teologia. Ou talvez Direito e Medicina. E o analfabetismo das meninas (filhas dos senhores de engenho) era considerado virtude:
Mesmo depois que o Brasil deixou de ser colônia, até o século XIX a situação da maioria das mulheres continuou praticamente a mesma: a mulher deve dar-se por muito satisfeita quando sabe dizer corretamente suas orações e copiar receita de goiabada. Mais do que isso é um perigo para o lar.
E para a maioria da população, o povo (agora, composto por negros africanos ou descendentes, mestiços e índios)? Nenhuma educação. No máximo, a do chicote para “aprender” a trabalhar. No Brasil independente, sob dominação econômica e comercial da Inglaterra, sua influência e a de outros países da Europa iam modificando os costumes imperiais brasileiros. O padrão de cultura europeu era valorizado e espalhado, mas ler continuou sendo um hábito pouco estimulado. No Rio de Janeiro capital do Império só haviam duas livrarias – especializadas em catecismos, vidas de santos e livros de orações.
Tempos modernos exigiam novas idéias e o Imperial Colégio de Pedro II, criado em 1837, foi inspirado nos liceus franceses, com seus estudos literários e humanistas, Matemática, Ciências e Educação Física, formava os “bacharéis de letras”, que podiam entrar direto no ensino superior, ou seja, sem o vestibular dos dias de hoje. Mudam as relações de dominação,mas não mudam a intenção de manter o conhecimento exclusivo para os filhos das classes dominantes. Desde então, todas as políticas pensadas e implementadas para o povo mantiveram essa lógica da dominação, inclusive com a criação de estruturas diferenciadas de educação para os filhos das elites e para os filhos das classes populares. Sendo intencionalmente excludente, não se propondo a abranger a todo o povo o acesso ao conhecimento. E, com o advento do capitalismo essa lógica se mantém.
Nos últimos anos, o processo de sucateamento e dilapidação do sistema educacional, têm se tornado mais evidente ora pelas sucessivas denúncias e artigos veiculados pela própria mídia burguesa, ora pelas greves dos profissionais da educação, que vêm denunciando o péssimo sistema educacional. Neste quadro caótico, como pensar que uma criança venha a ter algum aprendizado na escola, estando cansada, extenuada, sem contar a péssima alimentação. Porém, ao ensinar o alfabeto, a soletrar e balbuciar seu próprio nome, ou a desenhar as letras do alfabeto construindo nomes próprios, o MEC apresenta como se fossem dados da diminuição do analfabetismo. No entanto, isso não passa do que podemos considerar como analfabetismo funcional. Os professores do Pré vestibular Popular do Sind-Pd Rio de Janeiro,afirmam : “estamos tentando um novo caminho e propondo as(aos) demais companheiras(os) construir em conjunto, tendo como base central a perspectiva de uma sociedade justa, humana e igualitária. E estamos convictos que, para tal, o ponto de partida está na construção de sujeitos ativos do processo histórico ,pois, de nada adiantará nossos esforços se não apostarmos na capacidade de desenvolver e estimular formulações, elaborações, pensamentos, interpretações e questionamentos. Pontos chaves para o despertar da consciência, É nesse sentido que temos pautado a nossa atuação, em especial com os pré-vestibulares populares. Enfim, possibilitar a construção de seres capazes de caminhar e trilhar o seu próprio caminho”.
Portanto temos que nos despir da herança colonial, priorizando o resgate de nossa identidade cultural, as nossas raízes e origens, a luta de nossas (os) ancestrais. .Temos que disputar a consciência e transformá-la em consciência de classe (proletária) ativa e presente.A construção de uma sociedade crítica, onde sejamos capazes de decidir nossos próprios rumos, precede recuperar a vida, a auto-estima, a coletividade, o sentimento de grupo, a sensibilidade, a dignidade, o respeito à si e às(aos) companheiras(os). E, para começarmos a derrubar seus pilares de sustentação. Em nada adianta falar na derrocada da sociedade capitalista burguesa, se não fazemos primeiro.


Por: Daniele Carvalho

Fontes: Roberto Magalhães e Marlana Rego


Agradecimentos aos Professores, companheiros e militantes do pré vestibular popular (Sind-Pd), Roberto Magalhães e Marlana Rego, pela dedicação e compromisso em ajudar pessoas não apenas a cursarem um nível superior, mas formando uma consciência crítica e ver que é possível desconstruir conceitos pagmáticos pré-formados e construir um novo conceito de sociedade (coletiva e igualitária).A vocês a minha eterna gratidão.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Coitados Dos Aniversariantes

Todo ano é a mesma coisa, você quer porque quer comemorar o seu aniversário, mas acho que assim mesmo não aprendeu a lição. É aquela trabalheira toda em fazer lista de convidados, escolher o local da festa, fazer os preparativos, encomendar salgadinhos, docinhos, etc. (quando não for você mesmo(a) que tiver de preparar tudo isso).

De repente, um convite. A festa está marcada para às 19 horas, mas você sabe que muita gente não chega na hora. Apenas um ou outro engraçadinho que quer ser o primeiro da festa. O pior é que ao chegar lá, apesar de estar marcado a hora no convite (pois, supõe-se que a essa hora já estará tudo pronto). Que nada! Quando se chega no local onde seria uma festa, está a dona toda descabelada ajeitando uma coisa aqui, outra ali, e por aí vai. Tem um cara qualquer tentando encher bolas, com aquele monte de crianças que mais as estouram do que enchem, provavelmente a mãe do aniversariante terminando de confeitar o bolo, mais a frente a vizinha ajudando a encher os saquinhos de pipocas (feito às 2 da tarde, para comer a partir das 7 da noite), entre outras coisas mais que eu não vou contar agora para não perder a graça da festa.

Depois é um tal de chegar gente que nem o aniversariante sabe de onde vieram: é aquilo. Você chama um que chama mais um e mais outro e quando você percebe, sua pequena festa, com apenas alguns convidados muito bem-selecionados vira um maracanã.

Um convidado chega à festa e a primeira coisa que faz é tirar o presentinho da sacola e guardá-la no bolso (será muito útil no fim da festa). Cadê o aniversariante? Por aí tirando fotos! Você quer fazer questão de entregar o presentinho ao aniversariante, pois precisa mostrar que não foi de mãos abanando e tampouco voltará assim.

Geralmente, quem chega primeiro, dependendo do tipo de festa, corre logo pra pegar duas mesinhas, só por causa daquele maldito vasinho de plantas que não deve ter custado nem R$ 5,00 (mas tem gente que é um horror, só não leva o dono da festa porque não pode). Os que chegarem bem depois, coitados, perderão o lugar. Não preciso nem falar o quê acontece, não é?: Aquela criançada correndo de um lado pra outro, deixando todo mundo doido, um barulho infernal, uma musiquinha sem graça e nada da comida chegar, afinal, você se deu ao trabalho de comprar uma roupa nova e ir ao salão/barbearia, pra ficar bonito(a). Ah, mas quando a comida chega, meu Deus!!! “É uma visão do inferno”: aquela gente toda em pé disputando aquele cachorro-quente com aquela salsicha partida em 4 ou em 8, sei lá, mas que alimentaria um exército inteiro. Logo mais aqueles refrigerantes que você só consegue distinguí-los pela cor, porque a origem, você só sabe que veio de alguma garrafa, e mais nada. Chegam as gelatinas e a criançada corre para comer. É uma verdadeira acrobacia com a língua. Cadê a colher? Xiii, não tem, esqueceram de comprar ou então o dinheiro não dava. Ah, “pra quem é bacalhau basta.” Esse é o ditado mais idiota que eu já ouvi em toda a minha vida, porque bacalhau é caro. Se o ditado fosse com sardinha, tudo bem, mas com bacalhau, é muita sacanagem. Até parece que pobre come bacalhau todo dia!!!

Enfim, a festa continua e está “bombando”. “Bombando” com as paredes do seu estômago que tem de se alimentar de seu próprio suco gástrico. E, finalmente chegam os reis da festa: os salgadinhos. Se tiver sorte de encontrar o recheio, você é um(a) premiado(a). Considere-se um(a) ganhador(a) da loteria, pois entre vários tipos de salgados, feitos com aqueles cubinhos temperados, todos com o mesmo sabor, você terá a oportunidade de comer o ingrediente extra: o recheio (que pode ser de queijo que não derrete, de carne, de galinha, de “salchicha” ou até mesmo de camarão, no qual pegaram sua água depois de cozido e jogaram pra fazer a massa, etc.).

Se a comida vai chegar na tua mesa, outro problema. Com aquele monte de mãos levantadas tentando pegar o que puder, o servente ou garçom não consegue chegar ao final do salão ou da laje. Ainda tem mais: tem de suportar o dono da festa ou servente gritando com alguma criancinha esfomiada que ela já comeu três vezes e que ainda falta gente comer (quando na verdade, é preciso servir a quem deu o melhor presente, ora).

Vamos cantar logo esses parabéns, porque já está todo mundo de “barriga cheia” de “refri” e precisa ir embora. Com um olhar de detetive, você dá uma volta de 360° em torno de si: é um bolo cheio de marcas de dedos, aqueles docinhos que ficavam na mesa com algum bonequinho de isopor já não está mais ali (alguma solitária está fazendo a festa agora, afinal, todos se divertem).

Serve-se o bolo. Primeiro o aniversariante escolhe para quem vai dar aquele pedacinho. Em seguida, as crianças, e sucessivamente os mais velhos. É um tal de gente pegar lembrancinhas. Aqueles bonequinhos descartáveis com umas balas, umas taças com renda feita de garrafa de refrigerante de 2 litros, entre outras coisas mais que não valem à pena citar.

Mas, por quê os convidados ainda não foram embora, se já comeram, beberam e dançaram? Nunca mais cometa esse erro, você aniversariante ou dono de festas: dê logo as benditas bolas, pois enquanto não forem distribuídas, o povo vai ficando.

Na hora de ir embora é um barato. Se pede bolo até pra Jesus Cristo. Todo mundo fica preocupado em carregar o que puder da festa, mas pra carregar, um fica jogando para o outro. Ninguém quer entrar num ônibus lotado cheio de bolas e com uma sacola que parece até que foi fazer as compras de mês.

Não se vê a hora desse povinho ir embora, aliás já está a dias sem dormir, tendo que ajeitar tudo. Alguns ficam varrendo o local, outros bebendo e dançando, sem se dar conta de que a festa já acabou há muito tempo e que você agora só quer saber de uma cama, e mais nada.

De repente, o aniversariante vai pro quarto e o que ele encontra? Toda uma gente curiosa/invejosa envolta dos seus presentes. O pessoal está mais nervoso em ver o que você ganhou do que você mesmo(a). Aí começa: você rasga o papel para ver o que ganhou, se tiver gostado, procura ver se colocou o nome de que lhe deu no pacote. É uma tortura completa: se for uma aniversariante de 15 anos, ai meu Deus, coitada! A pobrezinha só ganha caixinha de música, aqueles diários baratinhos perfumados e com chave, para que possa colocar ali todos os seus segredos sórdidos juvenis, pensando que sua mãe não vai lê-lo, esquecendo-se que ela também já teve a idade dela; sendo uma criança de 1 ano, o que os pobrezinhos ganham de coisas que só usarão quando tiverem com 10, “não está no gibi!” Eu não sei o que é pior nisso, além daqueles carrinhos de R$ 1,99 e bonequinhas que você aperta o braço, solta a perna ou aqueles bonequinhos emborrachados que se aperta e faz um barulho horroroso. Ninguém pensa que os aniversariantes também gostam de ganhar roupas, CD’s, entre outras coisas.

Mas o melhor da festa ainda está por vir: aquela reuniãozinha maravilhosa. Somente os mais íntimos. É hora de malhar os Judas. Ninguém escapa, nem o fulaninho que comeu demais, nem o beltrano que levou três sacolas abarrotadas de comida, muito menos a cicrana que deu o maior show na festa depois de ter “entornado” todas. No fim, é divertido, desde que você seja apenas um observador, e não esteja na boca do povo.

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Diego Francisco
mundodimais@gmail.com