domingo, 26 de outubro de 2008

O ônibus

Gente, tem coisas que só acontecem com a gente! Eu me senti como um peixe fora d’água. Pior que o meu amigo francês (maluco) quase teve um orgasmo ao saber. Queria porque queria estar nessa situação. Em véspera de eleições, não poderia me sentir mais desamparado. Esse clima está em todo o lugar. Menos naquele vôo. É porque aquilo foi uma viagem ao inferno! Não que eu tenho algo contra o inferno, pelo contrário, mas eu me senti como um peixe na Coca-Cola.
Deixa eu te contar o que aconteceu ontem. Voltando da Lapa, por volta das 2h da manhã, peguei um ônibus. 397, parador, Avenida Brasil. Tinha a porra toda dentro do inferno de ônibus. Tinha pagodeiros batucando atrás, totalmente sem talento, sem bom gosto. Mas com instrumentos e empolgação, Jesus apaga a luz. Tinha uma criatura que sambou, pegou santo, subiu, sambou... tipo mistura de pai Helinho com Madonna, com mais três arrobas.
E pior que eu achando que todos estavam putos com a situação. Lembrei da professora de direito, da constituição federal, pensei em parar o ônibus, chamar a polícia. Mas como sou brasifroxo, só fiz cara de “que isso?”. Nessas horas eu vejo a utilidade de uma bala perdida para acabar com meu sofrimento.
Em Bonsucesso, me entra um povo e começa a sambar, sabe lá de que ventos trouxeram eles. Você tinha que ter visto o tamanho da bunda da passista, parecia uma alegoria, parecia o carro abre alas da Portela, com direito a Águia. E eu estava tão puto que nem graça achava.
Junto com essa beldade tropical entrou um louco comendo...ele não parou de comer a maumita pra subir no ônibus, nem pra pagar a passagem. Numa das mão a cerveja e na outra a “maumita”. Passou na roleta, quase cai sentado, mas o arroz nem se mexeu. “Pow, nem, vai me pagar outra cerveja” –gritou com a mulher que derrubou no chão do ônibus.
Se não fosse desesperador, até escreveria uma crônica. O meu medo era que o motorista se animasse e, mesmo naquela velocidade, ficasse assistindo pelo retrovisor. O trocador mostrava seu sorriso com escassez de dentes.
Um sujeito que já estava cheio de álcool nas idéias, se enrolando com a própria língua pra falar, disse que ia parar o ônibus e pagaria “cerva” pra todos os pagodeiros! Mas ao ser cobrado, ele disse que “SE SE SE”, estava duro, se tivesse dinheiro... Nesse momento, a galera lá de trás começa a cantar: “quem ta duro, meu bem, reza pra chover...”
Ainda emocionado, o amante da Kátia (katiaça) disse que o que paga o verdadeiro samba era o respeito. E bateu no peito. Se eu batesse no peito com aquela força, ficaria tossindo uma semana. Eu nunca me mexi tanto na minha vida. Por falta de paciência, por medo do senhor que estava “recebendo entidade” cair encima de mim. Ele gritava que era Maria Mulambo. Estava assustado, agoniado.
Quando finalmente chegou ao meu ponto, eu senti a perna bamba – igual quando dá piriri no intestino – e desci. Parecia a libertação de um preso. Um parto. A respiração de quem estava debaixo d’água.
Fiquei feliz. Estava muito feliz. Descobri a felicidade! Se pudesse ao menos ter filmado, meu sacrifício poderia ser transformado em comédia, ou ao menos ir pro youtube, ou virar crônica, anotações de viagem etc. Igual a isso, acho que não existe em lugar nenhum!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ciclo de cinema recebe diretor Carlo Manga

A UniverCidade na atividade “Ciclos de Cinemas” contou com a participação de Carlos Manga nesta segunda dia 15 /09. Manga é um dos maiores diretores do cinema brasileiro, já fez 25 filmes, mais de 2 mil comerciais, duas novelas (Anjo Mau e Torre de Babel), além de minisséries como Agosto, a qual retrata o governo de Vargas. .A Madona de Cedro também compõe o quadro de trabalhos dirigidos por ele.
Carlos Manga disse que foi estudante de direito aos 17 anos e que desistiu do curso para fazer cinema, sua verdadeira paixão. A princípio, seu pai não gostou muito da idéia porque, como dizia, “cinema não dava dinheiro”. Cinema para ele é o retrato de um povo. Tendo em vista esse conceito incentiva os alunos a formarem uma consciência crítica, um diferencial, para que assim possam ter maiores oportunidades. .
Com apenas 24 anos, Manga tornou-se um dos grandes diretores da Atlântida dirigindo atores consagrados. Faz alusão ao crescimento da TV e mais uma vez aconselha os estudantes de cinema a não desistirem da profissão."Vamos oferecer cinema à televisão”, disse o diretor que hoje aos 80 anos de idade, exibe emocionado o seu trabalho. Deixa escapar que em 2010 termina o seu contrato com a Rede Globo quando pretende sair para dar oportunidade aos novos cineastas.
Só em 1960, Carlos Manga fez seis filmes, mas afirma que, “a sorte não é o suficiente para ser um bom diretor. É preciso amar muito a sua profissão. Eu era e sou apaixonado por cinema, eu adoro cinema, não sou bom sou amante”, disse Carlos Manga em tom baixo e emocionado.
A participação do renomado diretor foi de grande relevância para a instituição e principalmente para os alunos que puderam conhecer um pouco da história do cinema nacional personificada na figura de Carlos Manga.



Por: Daniele Carvalho

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Modelo de Democracia

No dia 28/08, um discurso histórico aconteceu em Denver, Estados Unidos. O candidato à presidência, Barack Obama, reuniu cerca de 75 mil pessoas em um estádio para aceitar publicamente a candidatura do Partido Democrata. Inúmeras pessoas aguardavam um lugar para participar do evento. Diferente do Brasil, onde as atuais reuniões políticas não conseguem aglomerar tantos eleitores. O modelo de democracia no Estados Unidos é o que podemos chamar de exemplo a ser seguido por outros países.
Nestas eleições de 2008, aqui no Brasil, escolheremos prefeitos e vereadores, mas diferente de tudo que acontece nos EUA, aqui não há tanto interesse em escutar as propostas dos políticos. Quem sabe já estamos cansados de ouvir palavras que não se cumprirão, mas mesmo assim a participação de todos é fundamental.
Da escolha do representante do partido ao dia da eleição, os americanos tem a oportunidade de participar de todos os momentos decisivos na vida política do país, não só na hora de votar. Lá, cada eleitor é conquistado, convencido de que essa ou aquela proposta é a melhor. Aqui, somos obrigados a tudo: a votar, a ver os candidatos na TV e a escolher entre os menos ruins. Pois melhor anda difícil de encontrar!
O discurso que pode levar Obama a ser presidente não foi o de ontem, mas se aquilo fosse uma prévia, com certeza, o democrata já estaria eleito. Aqui no Brasil precisamos de mais discursos e menos palavras escritas por uma assessoria de comunicação. Quem tem espírito de liderança não precisa colar para conquistar votos.

Por Fábio Barbosa
www.agenciafb.com

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Cinco anos: Uma história, uma vida.

Parabéns Pré-Sindpd!!!



Por: Daniele Carvalho



O projeto Pré-vestibular para trabalhadores/ Sindpd-Rj completou neste ultimo sábado (23 de agosto) 5 anos de existência e de serviço ao proletariado.Funciona aos sábados das 0 9:00 às 18:00h.Localizado na avenida Presidente Vargas edifício Sisal, 13º andar ,sala cedida pelo Sindpd onde acontecem as aulas. È coordenado pela professora e militante Marlana Rego Monteiro, com o apoio de mais de 20 professores voluntários e pelos próprios alunos hoje cerca de 40 inscritos.
O projeto surgiu a partir da necessidade de alguns trabalhadores (hoje alunos), devido à rotatividade de funcionários das empresas privadas e terceirizadas nas quais trabalhavam. Sem a qualificação necessária exigida pelo atual sistema de produção capitalista, esses trabalhadores perderam seus empregos. A oportunidade de se qualificarem e terem acesso a uma universidade veio através deste projeto, o qual hoje, pelo sucesso alcançado, foi aberto a todos que queiram estudar. Mas o “Pré – popular” Sindpd tem um grande diferencial dos outros pré-vestibulares tradicionais, o objetivo vai além de capacitar um aluno a passar em um vestibular, mas de ensiná-lo a desconstruir conceitos e falsas ideologias, fazendo com que eles tenham um posicionamento crítico e possam interferir nas transformações da sociedade.

Durante os 5 anos o projeto sofreu algumas mudanças e a principal delas é a educação diferenciada do tradicional, voltada a ”valorizar o aluno mais que o professor”.Segundo a coordenação o curso, já tem em vista projetos novos para o ano que vem e um deles é a parceria com a PUC-Rio que estará oferecendo um curso Pré-Técnico para professores e ex -alunos que além de serem acrescidos com informações e conhecimento, receberão instruções e capacitação para somar ao quadro de colaboradores do projeto.
A aluna Jane Souza, uma das primeiras a participar do Pré, expressa sua satisfação em fazer parte do curso: ”Quem vem de escola pública é carente de conhecimento pela falta de educadores e políticas de ensino de qualidade, o pré me ensina, não só a passar no vestibular, mas também a ter senso crítico e leitura de mundo. Aqui é uma escola de vida, eu sou bem melhor hoje do que antes, aprendi ser mais humana e reivindicar meus direitos, ajudar o próximo e desconstruir conceitos pré-estabelecidos pela sociedade”
Além de Jane outros alunos como Luciana Alves e Kom são muito gratos ao Pré, pela conquista da aprovação no vestibular. Eles são grandes exemplos motivadores para todos os demais colegas seguirem em frente. Este ano, eles foram aprovados pela UERJ (Universidade Etadual do Rio de Janeiro) e mostram que é possível estar entre os poucos que conseguem ter acesso a uma universidade pública.
A coordenadora Marlana Rego fala com satisfação da sua alegria em receber um retorno por todo o seu esforço e dos demais “companheiros”, termo usado pelos alunos e professores do Pré-Sindpd. “Isso é o que mais me motiva a levar adiante esse ousado projeto, os relatos da evolução dos alunos, eu aprendo com eles e eles comigo - às vezes “procuro sarna pra me coçar” e acordo quebrada pelas constantes atividades do projeto, mas vale a pena” - diz Marlana muito contente.
Além de aulas, pale
stras internas e externas o Pré também tem outras atividades complementares: uma



Cinemateca que permite os alunos levarem para casa vídeos e ampliar os seus conhecimentos e sua visão de mundo; Fórum de Educadores Popular criado junto com outros Pré-populares e aberto a todos que se identifiquem e queiram atuar como voluntário; a participação no projeto Domingo é Dia de Cinema, uma parceria com o Odeon BR, onde são exibidos, uma vez ao mês, filmes temáticos para o vestibular e atuação no social; há ainda aulas- passeio que acontecem nas ruas, levando os alunos ao contato com o real; a assembléia popular e outras atividades. Tudo para oferecer uma educação diferenciada do cotidiano para que os estudantes aprendam melhor e galguem firmes em seus objetivos.
Esta semana o blog Xis9, parabeniza o Pré-Vestibular para Trabalhadores Sindpd - RJ pelos cinco anos de existência e faz uma homenagem especial à coordenadora, ao aluno, aos professores e a todos que fizeram e fazem parte e que, de alguma maneira, contribui ou contribuiu a esse projeto ousado para que se tornasse real. Esse projeto tem ajudado nesses 5anos a tantas pessoas, a realizarem seus sonhos, na construção coletiva do social, na parceria como colegas e crescimento como pessoas. Que continuem estudando porque o conhecimento é o bem mais precioso que se pode ter. A todos vocês PARABÈNS!
Fontes/fotos:Daniele Carvalho e Luciana Alves




























































































































































































































































































































O Fantasma da Eleição

Este ano, mais uma vez estamos diante de uma eleição. Um momento decisivo na vida do país, em especial aos municípios brasileiros. Inúmeros candidatos já começaram a traçar suas estratégias para conseguir votos, porém precisamos ficar atentos a práticas comuns em anos eleitorais, como a compra de voto e promessas que nunca poderão ser cumpridas.A propaganda veiculada na televisão pela Justiça Eleitoral é, sem dúvida nenhuma, uma verdadeira dose de dramaturgia a realidade nacional. Na campanha cada história dos personagens são incomuns a realidade, contudo, está conotado a verdade dos fatos.Eleger maus políticos significa muito mais do que apenas quatro anos sem uma boa administração. Muitas situações que poderiam ser resolvidas de maneira simples em seu município podem ser deixadas de lado pela falta de compromisso político. Afinal alguém que se propõe a comprar votos, com certeza, não será honesto em cumprir sua promessas de campanha.Em mais um festival de fantasmas alegóricos na televisão e rádio, precisamos enxergar mais do que apenas diversão no horário político gratuito, por mais que isso seja difícil. Neste momento decisivo na vida de nosso país temos de escolher o melhor para nossas cidades, com consciência e coerência, pois cada um de nós é responsável pelo bom desempenho destas eleições. Faça sua parte!
Por Fábio Barbosa

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A pedra que me acertou (Prefácio)

Certa vez uma professora muito louca, e na mesma proporção sabia, disse que para escrevermos bem uma crônica devemos buscar a pedra lançada em água serena. As ondulações provocadas pela pedra representam o texto, e o centro das ondulações, onde a pedra caiu, o argumento. E que após estabelecermos nossa motivação inicial, nossa pedra fundamental, poderemos escrever sobre tudo que nos vier à telha, pois tudo estará permitido.Então seguindo o que a mestra ensinou me ponho a escrever sobre a pedra que me acertou.
Hoje foi mais um daqueles dias broxantes. Fui novamente fazer figuração no meu trabalho. É isso mesmo, figuração! Há meses venho pedindo para ser demitida e não me demitem, e não há trabalho algum a ser feito que justifique a minha retenção a empresa. Tudo bem que tendo ou não trabalho, eu não tenho trabalhado mesmo. É que não agüento mais aquilo e acho que ficar com um funcionário desmotivado é dar tiro no pé. Mas, porra, fazer eu ir até lá, pra ficar olhando o monitor, suportar conversas, que de tantas ás vezes que foram repetidas tornaram-se insuportáveis aos meus ouvidos, ai. E o pior é que nem podemos usar a internet. NÃO PODE, mas há que use assim mesmo... O strees chegou a tal nível que qualquer palavra ou gesto descuidado, pode ser a fagulha da grande explosão. Mas todos são muito amigos e cordiais, aparentemente... Já cheguei puta para a farsa, porque meu domingo foi horrível. Sem Netgato, fiquei refém do Criança-Esperança, e não pude evitar de pensar nos boatos que circulam na net sobre o programa: que o projeto é utilizado pela emissora para dedução do seu imposto de renda.“Você está pagando imposto da Rede Globo!”, dizem. O fato é que depois de encerrada a parceria com a Unicef, ela começou a dar informações que foram omitidas ao longo desses anos do projeto. Caros, de cinco em cinco minutos, eles lembram em que será ou foi usado o dinheiro, que a doação não pode ser usada como dedução fiscal... Ora,verdade ou não, ficou bem mais claro ao público o que ele fazem com o dinheiro, apatir 2004, quando a Globo firmou a parceria com a Unesco, mas antes, o período da antiga parceira, continua um breu. E também é fato que a emissora fatura milhões com os anunciantes do programa. Parece que todo mundo sai ganhando. Enfim, minha vizinha me socorre: Ela me emprestou cinco DVD’s, um original e quatro piratas. A original tava dez, Ana Carolina, Estampado. O segundo que coloquei tava meia-bomba, Ana Carolina e Seu Jorge, mas o terceiro, Dois Quartos, não deu. Até que insisti, mas não rolou. Os Outros dois eram Maricotinha e Tempo, tempo, tempo, mas Bethânia se recusou a passar por isso. Já no desespero, a esperança: entra a MTV! Porra! RockGol! Fazê o que? Assisti. Melhor que ver o Campeonato Brasileiro. Pelo menos é mais divertido. Heheh... Depois entrou uns enlatados americanos, zapiei... Nas outras emissoras os genéricos brasileiros gritavam. Peguei a Lili, minha cachorrinha, e fomos dormir. Preciso de sexo!

Continua no meu Blog


Tributo a Profª Conceição, vulgo Conceiça.
Foto: Fabio Barbosa






domingo, 13 de julho de 2008

Se Sou o Patrão, Me Demito

De dois em dois anos, somos obrigados a ouvir aquela frase irritante das propagandas eleitorais do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)/TRE (Tribunal Regional Eleitoral), dizendo: “Você é o patrão!”. E, por causa disso, resolvi me demitir como eleitor, não votando mais em nenhum candidato, anulando todos, já que o meu voto só é válido para eleger um político, e não para demiti-lo, quando me representar mal em seu cargo. Pois, é bom que fique registrado, que votos em branco ou nulos não contam ponto pra nenhuma legenda, apenas os válidos. E, também que, não há como saberem em quem você votou ou não. Pode ficar super tranqüilo quanto a isso! mas é isso que o povo não consegue entender.

Em todas as eleições é a mesma coisa: aquele monte de políticos em seu blá blá blá, sendo mais utópicos que o próprio eleitor, que sonha em um dia acabar com a corrupção e com a banda podre do poder. É um tal de aparecer obras daqui, outras dali, que não dá pra entender. Na verdade, até dá, o problema é que muita gente não pensa sequer o porquê de tantas obras somente em período eleitoral. O motivo é que se eles fizerem qualquer tipo de obra/projeto nos anos anteriores às eleições, poderão não ter sucesso para uma possível reeleição, pois o brasileiro é muito esquecido e só lembra do cara pelos seus últimos feitos, então, se deixa chegar às últimas, para fazer obras emergências, por exemplo, quando na verdade, poderiam estar corrigindo os buracos nas ruas/estradas nos seus outros anos de gestão. Mas pra quê?

Você, eleitor, coloca um indivíduo no poder, porque falou bonito ou este o promete mundos e fundos, quando no final, só vai te deixar o fundo, o fundo do poço para o cidadão (sem generalizar, mas quase o fazendo).

Em 2006, trabalhei como mesário reserva nas eleições a presidente, governador, senador e deputado federal. Foi um horror: no primeiro turno, não precisei ficar, apenas no segundo, pois um dos mesários tinha chegado cinco minutos atrasado do horário inicial de votação, e dentre os reservas, me escolheram, alegando que no primeiro turno eu não havia trabalhado. Pode uma coisa dessas, marcaram o meu rosto! O que tinha de gente que não sabia sequer em quem votar, nos perguntando em quem deveriam dar o seu voto, não dá pra contar, mas infelizmente, não pude dizer nada, pois estava a serviço do TRE, e por isso, fui imparcial, dizendo simplesmente um “não sei, o sr(a) é quem sabe”, mas com uma vontade de dizer: “anula p...”, mas não podia fazer isto. Tinha gente votando em qualquer um, só porque achava que era obrigado a votar em alguém. Só que você não é obrigado a votar em alguém, porém aparecer lá na sua seção eleitoral, assinar aquele caderninho ou colocar o dedinho e digitar alguma coisa naquela maquininha. Nada mais.

Muita gente acha que, por estar votando, está cumprindo o seu dever de cidadão, no entanto, existem outros deveres que o mesmo esquece, como preservar o lugar onde vivem e fazer-se respeitar como eleitor, mas aqui é uma bagunça, já que a maioria dos eleitores não tem estudo suficiente, sequer conhecem seus direitos!

Já pensei seriamente ingressar no mundo da política, pois eu seria uma exceção, já que estou dando andamento ao Ensino Superior (coisa que a maioria dos candidatos sequer têm). Digo que na política, teria todos os privilégios. Tanto é que quem entra não quer sair mais desse mundo. Um determinado indivíduo entra, mal apresenta algum projeto concreto, aumenta o próprio salário na hora que bem entende, sem consulta popular pra saber se nós cidadãos estamos ou não de acordo com isso, além de todas aquelas regalias como décimo terceiro e quarto salários, dinheiro pra isso e pra aquilo, e por aí vai. O engraçado é que, pra dar um aumentozinho ao trabalhador é um “uma coisa”, pois sempre alegam não ter caixa suficiente para isso. Mas como tem pra eles? É isso que ninguém entende! Outro dia, conversando na rua com uma senhora, que se dizia ser funcionária pública, a mesma me disse que participava de greves, exigindo melhores salários e benefícios, porque os políticos aumentavam os próprios salários em percentuais absurdos, enquanto que ela e outros, como funcionários públicos ralavam pra caramba em suas funções, e só conseguiam um aumento irrisório.

Outro fator positivo, para quem já vai com má intenção, é o benefício que o político tem ao exercer seu mandato, pois sua imunidade parlamentar o protege de muitas coisas, a começar de si próprio. Exemplo: um determinado político é acusado de estar envolvido com algum tipo de corrupção, envolvendo o dinheiro público. Ele não pode ser investigado ou processado pela polícia comum. Cria-se logo uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), a qual várias vezes, anda que nem caranguejo, pois não chega a lugar nenhum, e se chega, não há como condenar tal indivíduo, por não haver provas suficientes, ou se as têm, o mesmo renuncia ao cargo, para continuar a deter dos privilégios de se candidatar novamente em uma próxima eleição. E, o pior é que ganha, mesmo com tudo o que fora noticiado pela mídia!

Um golpe de marketing político bastante interessante é o fato de vários se filiarem a algum tipo de associação/grupo, para assim deterem votos de determinadas classes, como por exemplo, a de um time de futebol ou de uma igreja. Nada contra quem se ingressa a algum grupo, mas tudo isso já está mais do que denotado, não havendo necessidade de conotar o óbvio.

Antigamente, se via mais as realizações de pequenos desejos em troca de votos, como uma cesta básica ou material de construção para o barraquinho, mas com as proibições da justiça eleitoral, no intuito de tentar conduzir eleições limpas, em todos os sentidos, tem de se prometer mais e falar melhor.

Tem uma coisa que eu gosto muito, embora, muitas pessoas condenem: a baixaria política, pois somente através dos programas eleitorais, mas principalmente dos debates na mídia, que descobrimos certos podres do candidato, - os quais não sabíamos ou tínhamos esquecido, mas que o outro, que já fora colega de trabalho ou aliado político, que também participava de tais atos, mas que agora é seu adversário político, - nos faz o favor de contar.

Não se pode fixar cartazes em locais públicos e também, distribuir panfletos dos candidatos próximo aos locais de votação, mas não é isso que eu vejo, não somente como cidadão, mas como futuro repórter. Só faltam distribuí-los dentro das salas.

Bom, não dá mais pra ficar lendo, até porque enjoa, mas e você, o que tem feito como patrão/patroa?


Gostou do texto ou acredita que alguém esteja precisando lê-lo? Então, envie-o, colocando o endereço do Blog, a categoria e o título do texto.

Diego Francisco
mundodimais@gmail.com

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A Onda do Blog

A cada dia que passa surgem novos blog’s na web, cada um mais interessante que o outro e, todos com um mesmo objetivo: levar as palavras de seus autores aos milhões de internautas conectados à rede. Cinema, Televisão, cultura, regionalismos, jornalismo, publicidade, e inúmeros assuntos são abordados nestas páginas pessoais espalhadas pelo Brasil e no mundo.O Blog começou como uma espécie de diário eletrônico, porém seu uso tomou uma grandiosidade que, hoje cada um de nós pode ter o seu. Ele pode ser vilão e mocinho ao mesmo tempo: quando informações erradas começam a circular na blogosfera, seus respectivos autores podem ser punidos por isso, mas ao mesmo tempo isso mostra a velocidade e a potencialidade que esse instrumento tem se for usado adequadamente. É bom citar que o mundo dos blog’s é um universo livre, onde se encontra de tudo, desde jornalistas até fãs de filmes e seriados. Essa característica pessoal que o blog possui é o grande charme da coisa, afinal cada um quer ter um local para expor sua opinião e o blog é justamente esse espaço.A possibilidade de debate e expressão facilita muito a interatividade entre o leitor e o autor da página, realizando o famoso feedback e possibilitando uma integração entres aqueles que dominam o assunto. A cada novo post, comentários e recados deixam as páginas congestionadas e aptas e levar informação para todos os internautas ligados na blogosfera.Com a existência do blog a opinião de determinados indivíduos da sociedade pode ser lida e disseminada na medida em que sua mensagem penetra no leitor. O blog é um instrumento que em breve será popular e pode garantir a manutenção da liberdade de expressão, com respeito e coerência, é claro!

Por Fábio Barbosa

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Há de assistir!


Dica para quem se permite, continuamente, adquirir novos conhecimentos, novas leituras de mundo e ampliar a capacidade crítica.

Para visualizar em tamanho maior, click sobre a foto.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Educação Popular:Um novo conceito de sociedade

Desde a colonização portuguesa, a educação do povo foi pensada pelos dominadores, ou por seus representantes, para a dominação. Como os padres jesuítas – os primeiros a “educar” o povo brasileiro: os nativos de várias nações, generalizados como “índios”. Uma educação com um forte cunho ideológico religioso (católico) – a catequese, que quer dizer doutrinamento, ensino, propaganda (mesmos sinônimos para a “educação” de hoje).
Os professores eram os exigentes padres-mestres que ensinavam as primeiras letras (o “b-a-bá”), as primeiras contas e as indispensáveis orações, nas aulas de ler, escrever e contar.
As aulas eram uma tortura, os mestres uns carrascos. Suas vítimas eram os filhos do senhor e, muitas vezes também, os filhos dos trabalhadores livres do engenho.
No Brasil colonial, saber era decorar: a tabuada, as regras da língua portuguesa, os dez mandamentos da Igreja Católica, os pecados capitais, os nomes dos reis de Portugal. Nada de Ciência, quase nenhuma arte, pouca reflexão. A maioria dos colégios era dos jesuítas. Os colégios da Companhia de Jesus no Brasil tinham quatro graus de ensino: o curso elementar, o de humanidades, o de artes e o de teologia. Tal como nas escolas européias medievais, a hierarquia e a disciplina, incluindo os castigos corporais, eram consideradas educativas e facilitavam o ensino do senso de responsabilidade e a obediência à autoridade. E os meninos que terminavam o curso de humanidades, e que tinham recursos, iam para Coimbra, Portugal para fazer os cursos superiores de Filosofia e Teologia. Ou talvez Direito e Medicina. E o analfabetismo das meninas (filhas dos senhores de engenho) era considerado virtude:
Mesmo depois que o Brasil deixou de ser colônia, até o século XIX a situação da maioria das mulheres continuou praticamente a mesma: a mulher deve dar-se por muito satisfeita quando sabe dizer corretamente suas orações e copiar receita de goiabada. Mais do que isso é um perigo para o lar.
E para a maioria da população, o povo (agora, composto por negros africanos ou descendentes, mestiços e índios)? Nenhuma educação. No máximo, a do chicote para “aprender” a trabalhar. No Brasil independente, sob dominação econômica e comercial da Inglaterra, sua influência e a de outros países da Europa iam modificando os costumes imperiais brasileiros. O padrão de cultura europeu era valorizado e espalhado, mas ler continuou sendo um hábito pouco estimulado. No Rio de Janeiro capital do Império só haviam duas livrarias – especializadas em catecismos, vidas de santos e livros de orações.
Tempos modernos exigiam novas idéias e o Imperial Colégio de Pedro II, criado em 1837, foi inspirado nos liceus franceses, com seus estudos literários e humanistas, Matemática, Ciências e Educação Física, formava os “bacharéis de letras”, que podiam entrar direto no ensino superior, ou seja, sem o vestibular dos dias de hoje. Mudam as relações de dominação,mas não mudam a intenção de manter o conhecimento exclusivo para os filhos das classes dominantes. Desde então, todas as políticas pensadas e implementadas para o povo mantiveram essa lógica da dominação, inclusive com a criação de estruturas diferenciadas de educação para os filhos das elites e para os filhos das classes populares. Sendo intencionalmente excludente, não se propondo a abranger a todo o povo o acesso ao conhecimento. E, com o advento do capitalismo essa lógica se mantém.
Nos últimos anos, o processo de sucateamento e dilapidação do sistema educacional, têm se tornado mais evidente ora pelas sucessivas denúncias e artigos veiculados pela própria mídia burguesa, ora pelas greves dos profissionais da educação, que vêm denunciando o péssimo sistema educacional. Neste quadro caótico, como pensar que uma criança venha a ter algum aprendizado na escola, estando cansada, extenuada, sem contar a péssima alimentação. Porém, ao ensinar o alfabeto, a soletrar e balbuciar seu próprio nome, ou a desenhar as letras do alfabeto construindo nomes próprios, o MEC apresenta como se fossem dados da diminuição do analfabetismo. No entanto, isso não passa do que podemos considerar como analfabetismo funcional. Os professores do Pré vestibular Popular do Sind-Pd Rio de Janeiro,afirmam : “estamos tentando um novo caminho e propondo as(aos) demais companheiras(os) construir em conjunto, tendo como base central a perspectiva de uma sociedade justa, humana e igualitária. E estamos convictos que, para tal, o ponto de partida está na construção de sujeitos ativos do processo histórico ,pois, de nada adiantará nossos esforços se não apostarmos na capacidade de desenvolver e estimular formulações, elaborações, pensamentos, interpretações e questionamentos. Pontos chaves para o despertar da consciência, É nesse sentido que temos pautado a nossa atuação, em especial com os pré-vestibulares populares. Enfim, possibilitar a construção de seres capazes de caminhar e trilhar o seu próprio caminho”.
Portanto temos que nos despir da herança colonial, priorizando o resgate de nossa identidade cultural, as nossas raízes e origens, a luta de nossas (os) ancestrais. .Temos que disputar a consciência e transformá-la em consciência de classe (proletária) ativa e presente.A construção de uma sociedade crítica, onde sejamos capazes de decidir nossos próprios rumos, precede recuperar a vida, a auto-estima, a coletividade, o sentimento de grupo, a sensibilidade, a dignidade, o respeito à si e às(aos) companheiras(os). E, para começarmos a derrubar seus pilares de sustentação. Em nada adianta falar na derrocada da sociedade capitalista burguesa, se não fazemos primeiro.


Por: Daniele Carvalho

Fontes: Roberto Magalhães e Marlana Rego


Agradecimentos aos Professores, companheiros e militantes do pré vestibular popular (Sind-Pd), Roberto Magalhães e Marlana Rego, pela dedicação e compromisso em ajudar pessoas não apenas a cursarem um nível superior, mas formando uma consciência crítica e ver que é possível desconstruir conceitos pagmáticos pré-formados e construir um novo conceito de sociedade (coletiva e igualitária).A vocês a minha eterna gratidão.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Coitados Dos Aniversariantes

Todo ano é a mesma coisa, você quer porque quer comemorar o seu aniversário, mas acho que assim mesmo não aprendeu a lição. É aquela trabalheira toda em fazer lista de convidados, escolher o local da festa, fazer os preparativos, encomendar salgadinhos, docinhos, etc. (quando não for você mesmo(a) que tiver de preparar tudo isso).

De repente, um convite. A festa está marcada para às 19 horas, mas você sabe que muita gente não chega na hora. Apenas um ou outro engraçadinho que quer ser o primeiro da festa. O pior é que ao chegar lá, apesar de estar marcado a hora no convite (pois, supõe-se que a essa hora já estará tudo pronto). Que nada! Quando se chega no local onde seria uma festa, está a dona toda descabelada ajeitando uma coisa aqui, outra ali, e por aí vai. Tem um cara qualquer tentando encher bolas, com aquele monte de crianças que mais as estouram do que enchem, provavelmente a mãe do aniversariante terminando de confeitar o bolo, mais a frente a vizinha ajudando a encher os saquinhos de pipocas (feito às 2 da tarde, para comer a partir das 7 da noite), entre outras coisas mais que eu não vou contar agora para não perder a graça da festa.

Depois é um tal de chegar gente que nem o aniversariante sabe de onde vieram: é aquilo. Você chama um que chama mais um e mais outro e quando você percebe, sua pequena festa, com apenas alguns convidados muito bem-selecionados vira um maracanã.

Um convidado chega à festa e a primeira coisa que faz é tirar o presentinho da sacola e guardá-la no bolso (será muito útil no fim da festa). Cadê o aniversariante? Por aí tirando fotos! Você quer fazer questão de entregar o presentinho ao aniversariante, pois precisa mostrar que não foi de mãos abanando e tampouco voltará assim.

Geralmente, quem chega primeiro, dependendo do tipo de festa, corre logo pra pegar duas mesinhas, só por causa daquele maldito vasinho de plantas que não deve ter custado nem R$ 5,00 (mas tem gente que é um horror, só não leva o dono da festa porque não pode). Os que chegarem bem depois, coitados, perderão o lugar. Não preciso nem falar o quê acontece, não é?: Aquela criançada correndo de um lado pra outro, deixando todo mundo doido, um barulho infernal, uma musiquinha sem graça e nada da comida chegar, afinal, você se deu ao trabalho de comprar uma roupa nova e ir ao salão/barbearia, pra ficar bonito(a). Ah, mas quando a comida chega, meu Deus!!! “É uma visão do inferno”: aquela gente toda em pé disputando aquele cachorro-quente com aquela salsicha partida em 4 ou em 8, sei lá, mas que alimentaria um exército inteiro. Logo mais aqueles refrigerantes que você só consegue distinguí-los pela cor, porque a origem, você só sabe que veio de alguma garrafa, e mais nada. Chegam as gelatinas e a criançada corre para comer. É uma verdadeira acrobacia com a língua. Cadê a colher? Xiii, não tem, esqueceram de comprar ou então o dinheiro não dava. Ah, “pra quem é bacalhau basta.” Esse é o ditado mais idiota que eu já ouvi em toda a minha vida, porque bacalhau é caro. Se o ditado fosse com sardinha, tudo bem, mas com bacalhau, é muita sacanagem. Até parece que pobre come bacalhau todo dia!!!

Enfim, a festa continua e está “bombando”. “Bombando” com as paredes do seu estômago que tem de se alimentar de seu próprio suco gástrico. E, finalmente chegam os reis da festa: os salgadinhos. Se tiver sorte de encontrar o recheio, você é um(a) premiado(a). Considere-se um(a) ganhador(a) da loteria, pois entre vários tipos de salgados, feitos com aqueles cubinhos temperados, todos com o mesmo sabor, você terá a oportunidade de comer o ingrediente extra: o recheio (que pode ser de queijo que não derrete, de carne, de galinha, de “salchicha” ou até mesmo de camarão, no qual pegaram sua água depois de cozido e jogaram pra fazer a massa, etc.).

Se a comida vai chegar na tua mesa, outro problema. Com aquele monte de mãos levantadas tentando pegar o que puder, o servente ou garçom não consegue chegar ao final do salão ou da laje. Ainda tem mais: tem de suportar o dono da festa ou servente gritando com alguma criancinha esfomiada que ela já comeu três vezes e que ainda falta gente comer (quando na verdade, é preciso servir a quem deu o melhor presente, ora).

Vamos cantar logo esses parabéns, porque já está todo mundo de “barriga cheia” de “refri” e precisa ir embora. Com um olhar de detetive, você dá uma volta de 360° em torno de si: é um bolo cheio de marcas de dedos, aqueles docinhos que ficavam na mesa com algum bonequinho de isopor já não está mais ali (alguma solitária está fazendo a festa agora, afinal, todos se divertem).

Serve-se o bolo. Primeiro o aniversariante escolhe para quem vai dar aquele pedacinho. Em seguida, as crianças, e sucessivamente os mais velhos. É um tal de gente pegar lembrancinhas. Aqueles bonequinhos descartáveis com umas balas, umas taças com renda feita de garrafa de refrigerante de 2 litros, entre outras coisas mais que não valem à pena citar.

Mas, por quê os convidados ainda não foram embora, se já comeram, beberam e dançaram? Nunca mais cometa esse erro, você aniversariante ou dono de festas: dê logo as benditas bolas, pois enquanto não forem distribuídas, o povo vai ficando.

Na hora de ir embora é um barato. Se pede bolo até pra Jesus Cristo. Todo mundo fica preocupado em carregar o que puder da festa, mas pra carregar, um fica jogando para o outro. Ninguém quer entrar num ônibus lotado cheio de bolas e com uma sacola que parece até que foi fazer as compras de mês.

Não se vê a hora desse povinho ir embora, aliás já está a dias sem dormir, tendo que ajeitar tudo. Alguns ficam varrendo o local, outros bebendo e dançando, sem se dar conta de que a festa já acabou há muito tempo e que você agora só quer saber de uma cama, e mais nada.

De repente, o aniversariante vai pro quarto e o que ele encontra? Toda uma gente curiosa/invejosa envolta dos seus presentes. O pessoal está mais nervoso em ver o que você ganhou do que você mesmo(a). Aí começa: você rasga o papel para ver o que ganhou, se tiver gostado, procura ver se colocou o nome de que lhe deu no pacote. É uma tortura completa: se for uma aniversariante de 15 anos, ai meu Deus, coitada! A pobrezinha só ganha caixinha de música, aqueles diários baratinhos perfumados e com chave, para que possa colocar ali todos os seus segredos sórdidos juvenis, pensando que sua mãe não vai lê-lo, esquecendo-se que ela também já teve a idade dela; sendo uma criança de 1 ano, o que os pobrezinhos ganham de coisas que só usarão quando tiverem com 10, “não está no gibi!” Eu não sei o que é pior nisso, além daqueles carrinhos de R$ 1,99 e bonequinhas que você aperta o braço, solta a perna ou aqueles bonequinhos emborrachados que se aperta e faz um barulho horroroso. Ninguém pensa que os aniversariantes também gostam de ganhar roupas, CD’s, entre outras coisas.

Mas o melhor da festa ainda está por vir: aquela reuniãozinha maravilhosa. Somente os mais íntimos. É hora de malhar os Judas. Ninguém escapa, nem o fulaninho que comeu demais, nem o beltrano que levou três sacolas abarrotadas de comida, muito menos a cicrana que deu o maior show na festa depois de ter “entornado” todas. No fim, é divertido, desde que você seja apenas um observador, e não esteja na boca do povo.

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Diego Francisco
mundodimais@gmail.com

terça-feira, 29 de abril de 2008

Um vôo para o Céu

Parece que as últimas manchetes de jornais do Brasil não tem tido mais nada para noticiar a não ser tragédias pessoais. Seja o Caso Isabela, ou a dengue, tudo gira em torno de um único pensamento: levar aos leitores e telespectadores informação com qualidade e em todos os ângulos da notícia. Recentemente todos paramos para ver as incansáveis buscas pelo padre Adelir de Carli que, desapareceu no domingo (20 de abril). Ele desapareceu durante um vôo com balões de gás coloridos em Paranaguá, interior do Paraná. O objetivo dele era chegar ao oeste do estado, porém o vento forte o conduziu para o litoral de Santa Catarina.Esse caso triste deixa um alerta: até onde a igreja (sacerdotes e religiosos), pode participar de situações como esta, como se fosse um simples aventureiro? Padre Adelir sabia dos perigos que corria ao praticar essa aventura, segundo a Agência Nacional de Avião Civil (ANAC), ele não tinha permissão para realizar o vôo e muito menos condições físicas e teóricas.É complicado falar sobre isso, mas é necessário, durante o inicio dessa década a Igreja Católica e as Evangélicas tem participado cada vez mais da vida de suas respectivas comunidades, mas isso não quer dizer que tudo vale nessa relação. Os religiosos precisam entender que existem maneiras menos perigosas de garantir credibilidade e respeito de seus fiéis, na Amazônia, por exemplo, bispos e padres estão ameaçados de morte por defenderem cegamente a manutenção de certos padrões de subdesenvolvimento. Lá é uma situação de responsabilidade da justiça que, infelizmente não é divina. Cuidar do rebanho é uma das tarefas dessas pessoas que dedicam sua vida a levar a palavra de Deus aos mais longínquos lugares, mas é preciso que os superiores deles, em especial na Igreja Católica, cobrem uma postura mais digna e séria, afinal se cada padre resolver subir aos céus por conta própria um verdadeiro congestionamento tomará conta do espaço aéreo mundial.Lugar de padre é na igreja!

Por Fábio Barbosa

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Batia No Peito

O ser humano tem uma coisa de engraçada: tenta compensar os seus fracassos ao compará-los com os dos outros. Com o brasileiro não seria diferente: Sempre se batia no peito, um orgulho estampado na face, pelo fato de o Brasil ser um país “maravilhoso”, apesar de seus inúmeros problemas como: corrupção, violência, miséria, analfabetismo, entre outros. Como assim um país “maravilhoso”?:

Pelo simples fato de não haver furacões, terremotos, maremotos, vulcões e outros fenômenos trágicos da natureza e/ou políticos-sociais como terrorismo. Isso era a marca do brasileiro: uma “Terra Abençoada”. Batia-se no peito por isso. Não sei, não! Tudo isso já está mudando: o Brasil já tem furacões, ou se você preferir, ventos fortes que destroem tudo ao seu caminho (se não quiser admitir que estes problemas já existem aqui). Tem tremores de terra, que agora podem ser chamados realmente por terremotos, pois 5,2 graus na escala Richter não é qualquer coisa, não.

É um jeito covarde, ficar comparando os problemas de um povo com o de outro. Cada qual tem aquilo que melhor consegue lidar. Tem países que estão sempre acontecendo fenômenos naturais arrasadores, e logo sua gente está de pé para continuar o seu cotidiano, como se nada tivesse acontecido.

Percebe-se que não se pode ficar vangloriando de que a natureza abençoa mais este lugar do que outro, pois ela é imprevisível, e só está manifestando os estragos feitos pelo próprio homem. Melhor nem bater no peito por não ter isso ou aquilo, pois do jeito em que o mundo está hoje, não é impossível que outros problemas políticos-sociais, econômicos, ambientais cheguem até aqui. Não que eu esteja agourando para isso, no entanto, é preciso reconhecer que nada é impossível, do mesmo modo em que se acreditava jamais ter um terremoto, por causa das coisas que a TV nos diz sobre o Brasil estar protegido por estar no centro das placas tectônicas. Se isso é verdade, como se deve o fato de o país ter sido vítima recente de um fenômeno assim? Pelo amor de Deus, só não me diga que é o fim do mundo!

Ninguém está imune a nada: nem a problemas econômicos-sociais, nem aos políticos, tampouco os de origem natural. Orgulhe-se das coisas boas que se tem, sem depender de um fracasso alheio, para acreditar-se como superior, ou melhor, que outro. Se determinados acontecimentos não chegaram aqui, ótimo. Se chegarem, é preciso lidar com eles, e mais do que isso, solucioná-lo, através das experiências que outros têm por já terem passado pelos mesmos problemas.

Se for analisar bem, cada povo se compara com os demais, e ao mesmo tempo, agradece por não ter os mesmos problemas que os nossos: muitos com certeza, devem se sentir abençoados ou felizardos por não ter corrupção em seu país, pelo menos como se tem no Brasil, assim, como em seu país não existe crise educacional, nem altas taxas de mortalidade, tampouco violência, como se enfrenta aqui nessa guerra diária, e que infelizmente já é vista com normalidade entre as pessoas.

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DIEGO FRANCISCO

terça-feira, 22 de abril de 2008

Terra do Nunca

Por: Suely Vieira


Uma criança linda e com uma projeção de um futuro brilhante teve sua trajetória de vida interrompida, violentamente. O caso Isabela comove a nação.
Essa comoção que tomou conta de todos e que passou a ser amplamente explorada pela imprensa brasileira, emblema a hipocrisia de uma sociedade inteira, que estaria sedenta por justiça, quando sabemos, TODOS sabem, da degradação vivida por nossas crianças no Brasil.
Seja nos grandes centros ou nos interiores do país, a infância é vítima diária da violência social, a mais hedionda de todas. Que é imposta por nós, enquanto sociedade, e que as empurram para todo tipo de sorte, como: prostituição, o uso ou comércio de drogas, a mão-de-obra barata e escrava, ao abandono, a delinqüência, e muitas a morte.
Está as vistas de todos essa aquarela. Num sinal, pelas ruas, estradas, madrugadas, elas nos pedem que as comprem.
E quase ninguém se choca mais com isso, este quadro não vende.
Mas quando uma criança branca, de classe média e de família aparentemente harmoniosa é assassinada, enxergamos: "Não, isso não é normal!"; "Não é aceitável tamanha monstruosidade!".
Para as Outras, as sem rostos, sem nomes, sem futuro, estamos vendados tal qual a justiça que as oferecemos.

Foto: Infância


sábado, 19 de abril de 2008

Doutor Qualquer Coisa

Se há uma palavra que realmente eu acho engraçada é essa: “doutor”. O Aurélio me traz as seguintes definições para esta palavra tão simples: “sm. 1. O que se formou numa universidade e recebeu a mais alta graduação desta após haver defendido tese. 2. O que se diplomou numa universidade. 3. Médico.” Já com Luft eu tenho o seguinte: “adj. e sm. 1. Indivíduo formado em faculdade e que defendeu teste. 2.(p. ext.) Bacharel, espec. em medicina ou direito. 3. (pop.) Indivíduo muito entendido no assunto.” Até aí eu entendi, não tenho nenhum problema quanto às definições dadas por estes dois ilustres dicionários, porém o meu questionamento é outro.

Até onde eu sei, doutor, ou simplesmente “Dr.” é o tratamento que damos a um médico ou um advogado, mas também é o termo em que usamos para classificar alguém que fez o doutorado em uma faculdade, e não simplesmente qualquer coisinha que tenha um 3° grau e já se acha muito por isso, pois se fosse assim, qualquer universitário seria doutor. Mas bem, essa não é a lógica. Pois, o que eu acho mais engraçado, para não dizer absurdo, é o modo como essa palavra “doutor” tem diferentes significados ou conotações.

Existem pessoas que fazem questão de serem chamadas por doutor, não sei se é por se acharem mais que os demais (tudo bem, se realmente tiver o título, deve ser respeitado como tal, mas tudo é a maneira como se pede isso aos demais). É muito comum isso no funcionalismo público, quando várias pessoas (sem generalizar) fazem uma questão enorme em serem chamadas como tal, não sei ainda a verdadeira razão disso. Quem trabalha em call center sabe muito bem do que estou falando: de vez em quando liga uns clientes metidos, e quando o atendente se refere aos mesmos como senhor ou senhora, o assinante, já com um tom mais de imposição se intitula como doutor fulano ou beltrano. Como é o que o atendente vai saber se o indivíduo é ou não um doutor? Aliás, ninguém nasce com esse título. Isso se conquista durante a vida. Sinceramente, gostaria de saber se essas grandes empresas tem alguma parte em seu cadastro, no qual possam colocar tais observações, como por exemplo “cliente fresco: o mesmo deseja ser chamado como doutor.”

É lógico que o indivíduo merece ser chamado como tal, no entanto, os outros não são obrigados a saber, se não são seus clientes ou pacientes. Pra dizer a verdade, o ser humano é senhor (Sr.) ou senhora (Sra.), e isso ninguém pode tirar esse tratamento. Às vezes fico pensando se determinados indivíduos foram pobres demais na infância e hoje querem provar a si próprios que conseguiram ser algo e sair da merda na qual viviam. O fato de não ser chamado por doutor não é nenhum desrespeito, apenas falta de consciência de algumas pessoas.

Só que infelizmente, essa palavra não é mais utilizada apenas para pessoas que chegaram a um estágio supremo do terceiro grau, mas para qualquer um que possa estar usando um terninho com uma gravata e um par de sapatos sociais. Vejo muito isso: pessoas chamando outras por doutor pelas roupas que usam, mas lamento dizer que roupa não compra diploma, e se fosse assim, todo crente seria um doutor, pois geralmente andam bem-vestidos como tal apresento neste parágrafo.

É fácil, você leitor entende aonde quero chegar, pois hoje em dia, qualquer coisa é doutor, basta ter um diploma de nível superior ou não ter cara de pobre, que logo será tratado desse modo.

Às vezes, o pessoal brinca comigo e me chama por Dr. Diego, então eu lhes digo que ainda está muito longe, até porque eu sei que para eu merecer tal título não basta ficar no bacharel, é preciso muito mais do que isso, e pra chegar lá não é fácil, todo mundo sabe disso. Mas, antes de ser chamado por Dr. Diego, preciso ser o Dr. Humildade, pois respeito se conquista ao longo de sua vida, e não é o fato de me chamarem ou não assim, que estarei sendo desqualificado como ser humano, pois um verdadeiro doutor não está nas roupas que usa ou no diploma que carrega, mas no que realmente sabe e representa profissionalmente e socialmente. E, você, já passou por alguma situação dessa, na qual era praticamente obrigado a chamar alguém por doutor?

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DIEGO FRANCISCO
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quinta-feira, 10 de abril de 2008

O Sovaco de Irene



Irene, sambista, carioca, mãe solteira, perdeu dois maridos para a branquinha. Toma duas condições lotadas para ir de sua casa em Curicica para o trabalho de diarista em Laranjeiras e reza para que playboys não a espanquem no ponto de ônibus.
Foi numa quarta-feira de jogo no maracanã que encontrou com Kadu, um jovem universitário herdeiro de uma irmã insana viciada em Yoga e de um apartamento conjugado cheio de dívidas. O primeiro encontro deles foi tumultuado porque deu-se em meio ao corre-corre para sentar que inferniza, todos os dias, a vida dos usuários do metrô. O odor dos sovacos de Irene estendidos extasiava o rapaz tanto quanto as “balinhas” que consumia nas chopadas da universidade. A diarista brejeira percebia a animação do rapaz ao olhar suas axilas e logo recordava seu tempo de meninice quando se podia ir e vir sem se preocupar com achadas balas - perdidas. Tempo no qual a vida havia preço maior do que cinco reais.
Quanto mais tentava desviar o pensamento, mas visível ficava a "animação" de Kadu que a essa altura já segurava a mochila a sua frente evitando o contato direto com Irene. O moço tentava distrair-se lembrando da morte da cachorra da sogra do vizinho que teve dengue; ressentindo a raiva do bandido que lhe roubara o celular e treze reais e noventa e cinco centavos no sábado de carnaval. Suava, como suava! E o encantador sovaco de Irene o deixava cada vez mais atraído. Chegou a pensar que era efeito de feitiço e que deveria, o mais rápido possível, recorrer ao bispo Afonso quem lhe curaria de tal magia. Ou ao menos poderia contribuir com parte da próspera arrecadação dos últimos meses que também seria bem-vinda. Mas como quem espanta uma mosca varejeira, sacudiu a cabeça para que dos pensamentos se livrasse.
Irene que estava mais sem–graça do que novela mexicana alcançou um caderno desses jornais de alta circulação mas de pouco prestígio e começou a tentativa de lê-lo e evitar o assédio do rapaz que não podia desviar de seu “mata-leão” o olhar hipnotizado. Na capa, via-se o sofrimento da família de gringos italianos que lamentavam o corpo do filho estendido na Atlântica, no segundo caderno estava a tabela do campeonato brasileiro, em destaque a melancia...
O calor que emanava da axila de Irene fazia o mancebo recordar do calor que passava dentro da sala de aula da escola pública que estudara, onde também faltava verba para merenda, verba para manutenção dos ventiladores, faltava verba!
O duelo cravado entre Kadu e o moço que agora estava face-to-face com o sovaco de Irene e que iria estar descendo na estação carioca - pois trabalhava na tel&com - era tão intenso como as infindáveis batalhas partidárias de Brasília – que somente afundam o país. Kadu não agüentava a idéia de estar longe de pérolas tão suáveis e com cheiro de “Minâncora”.
E, somente quando já beirava à loucura, o jovem universitário, como num está-lo, libertou-se da sedução sovacal de Irene. Foi quando avistou os bíceps esculpidos de Pedro Inácio:


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terça-feira, 8 de abril de 2008

TV Dengue



A cidade do Rio de Janeiro passa por momentos difíceis por causa da epidemia de dengue. Durante esse o mês de março a doença castigou a cidade com inúmeros casos e óbitos. O governo tanto estadual, quanto municipal tem se acusado multualmente para tentar chegar a um culpado pela proliferação da doença na cidade, porém a briga política nada tem resultado e a imprensa tem realizado o papel de fiscalização dos focos e de combate à doença.
A Rede GLOBO, é o caso mais evidente disso, através de seus telejornais locais (Bom dia Rio, RJTV 1 e RJTV 2), tem se posicionado criticamente em relação ao atendimento médico, a falta de profissionais especializados, e ainda, em denunciar os terrenos baldios onde existem focos do mosquito Aedes aegypti. Em seu site, por exemplo, o RJ TV explica os sintomas, tratamento, onde procurar atendimento, como ocorre a transmissão, proteção, como denunciar e ainda oferece uma lista de link’s onde o leitor pode saber mais sobre a doença (http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL256228-9097,00.html).
Já a Rede Record, com o Balanço Geral, tem mostrado as vitimas da epidemia. Na verdade Vagner Montes, apresentador do programa, vem realizando um verdadeiro vendaval de vitimas na televisão. Não bastasse a dor que a pessoas sentem ao perder um ente querido, o jornalismo da Record-Rio, mostra as lágrimas, a dor, e a revolta dos parentes mais próximos das vitimas. A cobertura da doença na cidade do Rio de Janeiro tem sido alvo de reconhecimento pela população, ora pelo conteúdo significante das reportagens e também pelo excesso de lição médica nos jornalísticos locais.
Todos sabemos que, a dengue, é responsabilidade de todos, mas determinadas situação que envolvem o risco de contaminação da doença, como terrenos baldios, água parada e atendimentos nos postos de saúde, são de competência governamental e, parece que nem o estado e nem o município querem assumir isso. Aí a TV tem de tomar o lugar do estado e se tornar a defensora da população. Não que isso seja uma novidade, mas em um caso tão complicado, como esse, determinadas coberturas parecem mais envolventes do que as outras, seja pela forma como é tratado o assunto, ou pela demonstração excessiva (quase 40 minutos), em um único telejornal. Enquanto os comunicadores não perceberem que, conscientização se faz na prática e não na teoria, a dengue será uma constante diária na vida daqueles que ainda assistem telejornal na esperança de ficar informado. Afinal a epidemia de dengue no Rio, não acabou com as mortes nas favelas, com os desabamentos nas fortes chuvas, com o trânsito ruim da cidade, com falta de médicos nos hospitais, buracos em avenidas, viagens do prefeito, acusações do governador, promessas do governos federal...

Por Fábio Barbosa

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sábado, 5 de abril de 2008

Miséria é Sinal de Riqueza

Ah, essa eu não posso deixar de contar! Estava eu, sexta-feira (28/03/2008) no Centro resolvendo uns probleminhas, daí, parei numa lanchonete para comprar um salgado. Também, estava cheio de fome. “Pandora gritava” (Pandora é o meu bichinho de estimação. Rsrsrs). Pedi um salgado e um refrigerante. Também pedi à atendente, que me arranjasse ketchup, porque não tem graça comer salgado sem isso, então eu escuto a seguinte frase: “desculpe senhor, não temos ketchup”. Perguntei: “mas como não tem ketchup?” Isso mesmo senhor, não temos ketchup. A casa não oferece mais ketchup aos clientes.” Respondeu a atendente. Já revoltado com o que a atendente tinha acabado de me dizer, insisti: “mas como? São todas as lojas da rede ou somente esta?” Ela, simplesmente, com seu jeito de falar sem graça, me disse que não sabia informar. Até agora, não sei dizer se o modo como me dizia o que perguntava, se era para tentar ser agradável com o cliente ou se por vergonha de estar trabalhando em um lugarzinho tão miserável que sequer tinha condições de oferecer um sachê de ketchup ao cliente, para que o seu lanche não ficasse tão sem graça. Reclamei, mas foi em vão.

Enfim, minha raiva foi tanta, que eu comi em poucos minutos, tomei um refrigerante horroroso: acho que eles o diluíram mais que o normal, para render mais, pois não senti gosto. Nem água é tão insípida daquele jeito. Depois, só pensei numa coisa, ligar para a central de atendimento da rede e formalizar uma reclamação, mas também pensei em divulgar isso num jornal, inclusive colocando o nome da casa. Como o meu tempo é pouco e eu não estava a fim de esquentar a minha cabeça naquele momento, já atrasado para aula e cheio de coisas a resolver, acabei deixando de lado esta situação. Mas, isso não significa que minha raiva acabou, aliás, até hoje, guardo a nota fiscal comigo.

Fatos como o meu, ocorrem o tempo todo, mas infelizmente as pessoas não fazem nada para mudar isso. Geralmente, quando vou a diversas lanchonetes (sem generalizar, mas quase), das mais baratas com aqueles pastéis a R$ 1,00 até as mais caras, com lanches podendo chegar a R$ 20,00, peço que me arranjem algum ketchup, aí o atendente me dá apenas um ou quando a gente o trata bem no caixa, dá dois. Mas, quando peço mais, tentam nos enrolar, porque não podem dar. Querem nos limitar a consumir pelo que pagamos. Pode uma coisa dessas? Quando você pede mais ketchup ou mostarda, por exemplo, eles disfarçam, olham para os lados, para ver se o gerente não está olhando, pois se tentarem agradar ao cliente, podem levar depois o maior esporro. Acho que eles devem pensar que a gente está pedindo para levar para casa o que sobrar. E, mesmo que fosse, também pagamos por isso.

O pior é que essa mendigaria não fica apenas no ketchup, também no guardanapo. Eu, por exemplo, quando compro algum lanche, peço mais guardanapo, ou porque o lanche está muito quente, ou porque pode sujar a minha roupa, mas quando faço isso, me olham com uma cara, que Deus me perdoe! Finjo que não é nem comigo e continuo insistindo, mesmo quando o atendente mal-educadamente diz que o que ele havia me dado já era suficiente. Até parece que eles ou a loja estão nos fazendo um favor. É ao contrário. Será que ninguém ainda percebeu isso? Sem contar que, às vezes a raiva deles por você ter insistido ou da gerencia por algum motivo que não sei dizer, resolvem descontar isso em você, consumidor - que só deseja apenas fazer um bom lanche para continuar a sua rotina tão estressante - , dizendo que não tem o que você pede naquele momento. Tenho uma raiva disso! A gente não está comendo de graça não. Pagamos muito caro para isso, e merecemos ser tratado com respeito. Aliás, acho que deveria ser implantado de alguma forma, que quando a loja não tivesse guardanapo ou ketchup, por exemplo (é até ridículo dizer isso), que fosse fixado um cartaz informando ao cliente, e não fazê-lo de otário depois de já ter pago. Será que existe algum artigo na Lei dos Direitos do Consumidor que fale sobre um mal-atendimento ou um mal-oferecimento de um produto ao cliente? Pois, estamos sendo enganados.

Acredito eu, que isso não aconteça só comigo, mas com você também. Ou talvez, você diga que isso nunca tenha lhe acontecido, porque sempre ganhou mais ketchup ou maionese, ou seja lá o que for que tenha pedido. Mas, infelizmente, somos distraídos: pedimos coisas e não prestamos totalmente atenção nelas ou ao nosso redor, por estarmos numa fila conversando com alguém. Mas, se você se utilizar seu senso crítico, perceberá o que estou lhe dizendo.

O ser humano costuma a ter esse conceito de que miséria significa pobreza, inclusive eu. Com o tempo, fui aprendendo que é ao contrário, pois quanto mais um indivíduo tem, mais ele quer, e só o consegue se economizar, mesmo que ponha em risco à qualidade e a satisfação do cliente, por achar que o seu produto ainda é muito barato. Lamentavelmente, se vive como pobre para ser rico amanhã. No entanto, só posso te dizer que não é a primeira vez que casos como esses me acontecem. Porém, apenas agora que eu resolvi contar isso, pois estou de “saco cheio” dessa situação, e espero não precisar mandar uma dessas histórias para um jornal.

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DIEGO FRANCISCO
mundodimais@gmail.com

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Onde ele está?






Por onde anda nosso Alcaide? Alguém sabe? Alguém viu?
O que sabemos ao certo é que a desordem continua, que o barco da administração pública está à deriva e que o Capitão largou de mão o timão, deixando sua tripulação a ver navios e a contabilizar os náufragos da dengue.
Ele defende sua nau administrativa dizendo que a culpa é do Almirante da frota da saúde nacional ou do Comandante do Estado-Maior, que não teriam liberado verbas para a prevenção da epidemia - prevista desde 2006, como as anteriores - e que agora assola a cidade. Mas não explica o que fez com a verba de R$ 18 milhões que o Ministério da Saúde destinou, em 2006, para que a prefeitura do Rio aplicasse em vigilância sanitária.
Logo ele, "um dos melhores administradores do Brasil", que sonha com o Estado-Maior, se exime da responsabilidade das mortes por dengue ocorridas na cidade neste ano e culpa outros para camuflar sua incompetência de gerir a crise epidêmica, de mais de 43 mil casos de dengue, onde 54 óbitos foram confirmados.
Dizem que está escondido em sua "cabine", de onde dá dicas, por e-mail, a sua tripulação de como se prevenir da picada do Aedes aegypti: “Usem repelente!”; “Eu só uso agasalho e calça comprida!”
Como assim?! Até o dia 25/03, pelo menos 37 casos de dengue já haviam sido registrados entre os agentes comunitários, onde os mesmos alegam não estarem recebendo os itens de proteção individual, como o repelente, da prefeitura.
Em resposta por e-mail, o Prefeito Maluquinho, como também é conhecido, teria dito que os repelentes são destribuídos dependendo das condições do local, como locais com larvas e água parada... Mas eu pergunto, se tiver mosquito que problema há?
Ele teria dito ainda que "A dengue existe há mais de 100 anos, e o Brasil conviverá com a doença até que você tenha uma situação urbana de assepsia total, ou se o Brasil se tornar um país de clima temperado.” Como a França?
Seria bom se ele, a quem foi dada a patente de Capitão, pelos mesmos que agora sofrem com a doença, retome o comando da embarcação pública volte a adminstrar, que é o que se espera de quem está no seu posto, pois a maré não está boa.
Eh! A cidade está às moscas e só nos resta mesmo pedir a proteção dos Orixás!


Imagem:Wally


Por Suely Vieira

quinta-feira, 20 de março de 2008

Brasil" Uma ilha de letrados num mar de analfabetos"

Pesquisas mostram que a “educação” no Brasil continua restrita a certos grupos, os privilegiados. Mesmo com a implantação de programas de universalização do acesso, a escola não consegue ponderar as desigualdades geradas pelo sistema educacional: o desempenho individual, a competição, o chamado fracasso escolar.
O tema educação vem gerando conflitos entre governo, população e acadêmicos, porém essa não é uma questão nova como muitos pensam: ela existe desde o período colonial, onde “educar” sempre foi visto como uma estratégia de domínio do colonizador. Apenas as famílias que tinham recursos podiam mandar os filhos para Coimbra, Portugal. A partir daí começou a ser formada a elite intelectual. “Não somos mais escravos, porém o Brasil ainda não conseguiu se libertar da senzala do analfabetismo”. Os marginalizados permanecem às margens, e o conhecimento dominado por “uma ilha de letrados mergulhada em um mar de analfabetos”
O sistema educacional brasileiro encontra-se em total decadência. O governo tem desenvolvido programas educativos que amenizam a situação, mas está bem distante de resolver a precariedade do ensino público. Quero ressaltar que estamos no marco do sistema capitalismo de produção, entretanto educação universal, uma das principais bases para a sustentação desse modelo sócio-econômico é algo bem distante. Ensinar apenas para melhorar o capital humano, traduz a idéia de induzir o proletariado a vender seus pensamentos por algumas moedas. É fundamental desenvolver a consciência de que o problema educacional brasileiro como tantos outros, não é apenas culpa do governo como atribuímos; mas de todo um sistema sobre o qual fomos gerados e do comodismo que insistimos em permanecer aceitando tudo que nos é imposto sem sequer questionar. Uma sociedade pragmática, egocêntrica, voltada para a ideologia do ter. Sendo assim fica difícil mudar a precariedade que se encontra a nação brasileira.
Possivelmente se o governo começar a investir na educação básica, nos professores, criar metas para educar e formar com qualidade, não havendo diferença entre escola do rico e do pobre. Se a problemática da miséria que vive a maioria da população passar a ser vista como uma questão nossa, e a evasão escolar devido ao trabalho infantil for erradicada através de programas não paternalistas, mas de emprego que ofereçam condições dignas de vida a essas famílias, ai, quem sabe assim, possamos recriar o Brasil com um novo conceito de sociedade.



Daniele carvalho
dani_lider2@hotmail.com


Fotos:

Sala de aula :http//www.domclaudio.blogspot.com
Projovem:http//www.projovem.gov.br/img/olinda-003.jpgExploração infantil:http//www.photogafos.com.br/users/JULIERe CÈLIA /no...
Escola José coreolano:http//www.fotogarrafa.com.br/fotoarquivos/2004-09 html

segunda-feira, 17 de março de 2008

Não lave suas mãos! Salve o Redentor!

Por: Suely Vieira
Estava passando pela Av. dos DEMOCRÁTICOS outro dia, vi um cartaz que me chamou a atenção: “Diga Não ao fechamento do Abrigo Cristo Redentor!”.
Lembrei-me de quando conheci o lugar. Eu tinha uns 12 anos e minha mãe, a meu pedido, me comprou um dicionário enciclopédico de um jovem que os vendia para angariar fundos ao abrigo - e não foi barato não! capa dura; ótima encadernação. tenho até hoje! - Mesmo reticente, pois não sabia se o rapaz realmente representava o abrigo, ela comprou. O rapaz pegou nossos dados e se foi. Alguns dias, ou semanas depois, não lembro ao certo, recebemos um certificado, em meu nome, como colaboradora, uma carteirinha e um convite para conhecermos o abrigo, e fomos. Fiquei bastante sensibilizada e admirada com o trabalho daquelas pessoas, da luta travada para manter o local. Mas confesso que não voltei mais... Sabia que ele estava lá e lavei minhas mãos...Por 28 anos! Agora, essa instituição histórica e que é referência nacional no trato ao idoso carente, cerca de 300, alguns com mais 90 anos, está ameaçada.
A Secretaria Municipal de desenvolvimento Social, com o apoio da Prefeitura do Rio, havia decretado a extinção do do Abrigo do Cristo Redentor, com o aval de nosso Prefeito, em mais um ato de insanidade.
Localizado no bairro de Higienópolis, Rio de Janeiro - foi fundado em 1935, pelo Dr. Raphael Levi Miranda, com apoio do Presidente Getúlio Vargas. – A entidade prestou, no decorrer de seus 73 anos de existência, importantes serviços de assistência aos idosos. Mas agora intenção da prefeitura é que o local dê lugar a um projeto chamado "Cidade da Assistência Social", que prevê um "trabalho de inclusão social" a crianças e jovens das favelas próximas (Manguinhos, Alemão e Jacarezinho), e os idosos seriam postos à disposição, para ADOÇÃO, de famílias que receberão entre R$ 500,00 e R$ 900,00 mensais para cuidar deles.
Como sabemos o Estatuto do idoso completou quatro anos, mas a legislação que deveria garantir melhoria de qualidade de vida da parcela da população que mais cresce no país, continua sendo desrespeitada a cada dia, tornando corriqueiros os casos de abusos e agressões a idosos no nosso país, como vimos recentemente na mídia. E mesmo as famílias que já pagam pelo trato e bem estar de seus idosos se vêem desamparadas diante de tanta ignorância e desumanidade, custando a acreditar que alguém seja capaz de gestos tão violentos contra pessoas tão indefesas, mesmo quando captados pelas câmeras de vigilância.
No acham que poderia resultar essa “brilhante” alternativa da prefeitura?
Parece que após as manifestações de repúdio a decisão do fechamento da entidade, César Maia voltou atrás. Em carta ao Comitê Fraternidade e Defesa da Vida, ele diz que não haverá a remoção dos idosos e sim uma parceria entre o município e a união para a manutenção do estabelecimento. Porém o vereador Márcio Pacheco, Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida, teme que a proposta volte a ser discutida na prefeitura e pede que as manifestações populares continuem.
Quem sabe assim ao invés de apenas festejarmos a cultura japonesa, em seu centenário, possamos absorver o modo com que tratam seus idosos e darmos mais dignidade aos nossos.
Por isso peço aos leitores que reflitam e não lavem suas mãos! Salvem o Redentor!



segunda-feira, 10 de março de 2008

Fale mal, mas fale

Por: Suely Vieira



O homem sempre procurou meios para se comunicar. Através de gestos, sinais, símbolos ou sons, buscava transmitir idéias, pensamentos e até sentimentos.
Tudo começou na pré-história, onde o homem pintava seu conhecimento de mundo para os que viriam após ele (ficaram também conhecidos como os primeiros pixadores da história).
Um desenho podia dizer muita coisa, como: “- Neanderthal tá pegando a Evinha Parreira, aí!”; “- Caraca! A Evinha! Cara, ela já saiu com geral!”


Esse método se sofisticou com a escrita egípcia. Os hieróglifos eram o mais moderno meio de comunicação de sua época e ainda ajudou algumas culturas a desenvolverem o alfabeto, pois homem percebeu que ao juntar uma ou outra letra criava palavras que significavam algo para ele e seus semelhantes: “- Zeus! Será que César exerga que a Cléo está traindo ele com o Marcão?!”.“- Eh! Ele não dá sorte no amor, né!? Vive levando punhaladas, o coitado!”

Mesmos os povos primitivos e que não desenvolveram a língua escrita achavam um meio de fazer um inferno entre si e os outros... digo se comunicar: “- Tum-tum-tum... Vamo invadir sua aldeia!” ou “Tum-tum-tum... Guidá tava na casa de Noca. Aí, Calu chegô da caçada e pegô eles furunfando. Que fraga, sá menina!”. Ou usavam sinais de fumaça, mas com a mesma finalidade...
“Vumpt,vumpt, vumpt... Vamo invadir sua aldeia!" ou “Pocarontas tava se atracando no riacho com homem-branco, haw!”


Na idade média o homem usou de vários artifícios para se comunicar. Produziu os primeiros livros... Imaginem rolos e mais rolos de papiros escritos à mão! Crê?! Havia também os proclames em praça pública ao som das clarinetas da Banda Os Arautos do Rei; o pombo-correio... Mas como sua chegada era incerta, institui-se a figura do carteiro, garantindo assim a chegada da mensagem: “Escrevo-lhe esta para contar, que a Princesa está flertando com o Duque de Stanford, o que é de conhecimento de toda a Corte. Só Vossa Alteza não se dá conta de que um adorno real floresce em sua fronte. Pobre Majestade!”


Ah, mas isso foi até a chegada de um nerd, Gutenberg (o cara), que inventa a Imprensa (como se já não houvesse). Comunicação em massa, comunicação para as massas... O boca-a-boca se sofistica e passa a ser de mão em mão.
No séc XIX , o homem descobriu como enviar mensagem mais rápido e de face a face da Terra. Foi graças a outro nerd, Samuel Morse, o Samuelsinho. Ele criou o tataravô do messenger, o Telegrafo (até é hoje usado quando alguém precisa de ajuda e não quer pedir para Iemajá). Fora isso era: “B0-.2D.-P7.-J5.-K3.-2L... Kennedy está de caso com atriz de Hollyood.”; “ D1.-H7.-J5.-K3.-BF.-2L... O dele tá na reta e ele nem se toca, é vacilão mermo!”.

Outras grandes invenções dos nerds foram: o rádio, ao transmitir a mensagem por ondas sonoras; depois a tv que transmitia som e imagem ao mesmo tempo, esta última, para alguns, a maior invenção do séc XX, mas há quem diga ser ela o grande mal do século e responsável pelo que nos tornamos, “Os Teletubies”. Gostando ou não, a verdade é que todo mundo assiste: “É Fantástico! Angelina Jolie e Brad Pitt discutem se vão adotar mais uma criança flagelada!”; “Cantora Madonna, se defende e diz que não foi jogada de marketing a adoção de criança africana. Veja, veja!”. É o pânico na tv!

Tido como o veículo mais importante da história da comunicação, o telefone foi inventado, por outro nerd, Alexandre Graham Bell, em 1876, para facilitar nossa comunicação. Claro que não se compara nem de longe ao que entendemos hoje por telefone, mas o conceito estava lá e cumpria bem seu papel:“Disc-disc-disc...vrumm... Disc-disc-disc...vrumm... Alôôo, Joanaaaah?! Tá me ouvindo, mulé?! Tenho uma pra ti contar! Alô?! Joanaaaah?!”

Pelo telefone, podemos falar, enviar fax, acessar a internet... Internet?
Bem, dois nerds (eles de novo!), após um processo de décadas de desenvolvimento da informatização da comunicação, desenvolveram o primeiro microcomputador, Apple I, um ano depois da fundação da Microsoft, pelo nerd-mor Bill Gates. Eis que, um europeu (quem diria), Tim Berners_Lee, como não quer nada cria a World Wide Web (WWW), a tataravó da Internet. Ai já sabe, né!? Deu-se a desgraça! Foi aberto o Portal do inferno! O que se falava, agora pode ser visto no YouTube! Cicarreli que o diga! Hoje há transmissões via satélite, onde que qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo tem acesso às imagens e sons vinculados pela grande rede... É quase uma teleconferência! E você ainda pode opinar sobre assuntos importantíssimos, como: “Tec-tec-tec... O que achou do último paredão?” “Tec-tec-tec... Achei que o Marcelo devia ter sido eliminado há muito tempo!” “Tec-tec-tec... Ah, mas sem ele não teria graça. Você acha que teve manipulação?” “Tec-tec-tec... Claro! É tudo armado para dar audiência!”

Cabe a pergunta: Para onde mais pode evoluir nossa comunicação?



Fotos e Imagens: